Reajuste na parcela do consórcio: como funciona e índices

Reajuste na parcela do consórcio: como funciona e índices

Publicado em 30/07/2024

O consórcio é uma modalidade de compra em grupo que tem se destacado como uma alternativa acessível e organizada para aquisição de bens, como automóveis, imóveis e serviços.

Uma das particularidades do consórcio é a possibilidade de reajustes nos valores ao longo do tempo, influenciados por índices econômicos relevantes como o INCC, IPCA e FIPE.

INCC (Índice Nacional de Custo da Construção): Este índice é utilizado para medir a variação dos custos da construção civil. É amplamente utilizado em consórcios de imóveis, uma vez que reflete os custos de materiais de construção, mão de obra e outros insumos essenciais.

IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo): O IPCA é o índice oficial utilizado pelo governo brasileiro para medir a inflação. Reflete a variação dos preços de uma cesta de produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras. É um dos índices mais utilizados para reajustes gerais de preços.

FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas): A FIPE é responsável por diversos índices econômicos, mas no contexto de consórcios, o mais relevante é o índice que mede a variação dos preços de veículos. É utilizado principalmente em consórcios de automóveis e veículos pesados.

O que é e como funciona o reajuste no consórcio?

O reajuste de consórcio refere-se aos ajustes nos valores das parcelas pagas pelos consorciados ao longo do período de vigência do consórcio.

Esses ajustes são realizados com base em índices econômicos que refletem variações de custos ou inflação, garantindo que o valor pago pelo consorciado mantenha seu poder de compra até o momento da contemplação ou aquisição do bem ou serviço.

Ocorre de forma periódica, geralmente anual, e visa atualizar o valor das parcelas de acordo com a variação dos custos ou da inflação medida pelos índices econômicos escolhidos pelo grupo de consorciados.

Esse processo é fundamental para manter a equidade entre os participantes e assegurar que o valor pago ao longo do tempo seja suficiente para a compra do bem ou serviço desejado, considerando as condições econômicas do período.

Objetivos do reajuste de consórcio

Os principais objetivos do reajuste de consórcio incluem:

  • Proteger contra a inflação: Garantir que o valor das parcelas não perca poder de compra ao longo do tempo devido à inflação.
  • Atualizar custos de aquisição: Refletir eventuais variações nos custos de materiais, mão de obra e outros insumos que podem impactar o valor final do bem ou serviço.
  • Equilibrar o grupo de consórcio: Manter a equidade entre os participantes, garantindo que todos tenham condições similares de adquirir o bem ou serviço no momento da contemplação.

Como é feito o reajuste?

O reajuste no consórcio é realizado com base em índices econômicos específicos que refletem a variação de custos ou inflação ao longo do tempo, podendo ser INCC, IPCA, FIPE.

O reajuste geralmente é aplicado de forma anual, mas isso pode variar de acordo com o contrato de consórcio.

Alguns contratos estabelecem reajustes semestrais ou até trimestrais, dependendo das necessidades do grupo de consorciados e das condições econômicas vigentes.

Cálculo do reajuste

O cálculo do reajuste é feito utilizando a fórmula estabelecida no contrato de consórcio, que normalmente combina o índice econômico escolhido com o período de referência para o reajuste. A fórmula pode variar, mas geralmente é algo como:

Exemplo de cálculo de reajuste utilizando o IPCA:

Suponha que você participa de um consórcio para a compra de um automóvel e as parcelas são reajustadas anualmente com base no IPCA.

  1. Determinação do índice IPCA: Vamos supor que o IPCA acumulado nos últimos 12 meses seja de 5%.
  2. Valor da parcela atual: Digamos que sua parcela mensal antes do reajuste seja de R$ 1.000,00.
  3. Cálculo do novo valor da parcela:
    Para calcular o novo valor da parcela após o reajuste, utiliza-se a seguinte fórmula:

Valor da Parcela Reajustada = Valor da Parcela Atual × (1+Variação do Índice/100​)

Onde:

  • Valor da Parcela Atual: Valor da parcela antes do reajuste.
  • Variação do Índice: Variação percentual do índice econômico no período considerado.

Substituindo os valores na fórmula:

Valor da Parcela Reajustada = 1.000,00 × (1+5/100​)

Valor da Parcela Reajustada = 1.000,00 × 1,05

Valor da Parcela Reajustada = 1.050,00

Portanto, o novo valor da parcela após o reajuste será de R$ 1.050,00.

Após calcular o valor da parcela reajustada conforme a fórmula, o novo valor é aplicado a partir do próximo vencimento das parcelas do consórcio. Os consorciados são informados sobre o novo valor a ser pago e a partir de quando ele entrará em vigor.

O reajuste do consórcio é diferente do financiamento, pois não se trata de juros, e sim proteção do poder de compra.

Reajuste antes da contemplação

Durante o período em que o consorciado está pagando as parcelas mensais e aguardando ser contemplado, os valores das parcelas podem sofrer reajustes conforme os índices econômicos mencionados.

Isso ocorre porque o consórcio é uma modalidade de compra programada e o valor do bem desejado pode se alterar ao longo do tempo devido às flutuações econômicas.

  • INCC: Nos consórcios de imóveis, por exemplo, o INCC é fundamental. Se houver aumento nos custos da construção civil, como materiais e mão de obra, as parcelas podem ser reajustadas para refletir essas variações.
  • IPCA: Em qualquer tipo de consórcio, o IPCA é utilizado para ajustar os valores de acordo com a inflação geral da economia. Isso garante que o poder de compra do consorciado não seja prejudicado ao longo do período de pagamento.
  • FIPE: Nos consórcios de veículos, o valor das parcelas pode ser atualizado com base na variação dos preços dos automóveis, conforme registrado pela FIPE. Isso é especialmente importante para garantir que o consorciado possa adquirir o veículo desejado com o valor pago ao longo do tempo.

Reajuste após a contemplação

Após a contemplação, quando o consorciado é escolhido para receber o bem ou serviço, os índices econômicos continuam a desempenhar um papel importante:

  • INCC: No caso de consórcios de imóveis, o INCC também pode ser aplicado após a contemplação para ajustar o valor do bem, caso haja variação nos custos da construção até a efetiva entrega do imóvel.
  • IPCA: Mesmo após a contemplação, o IPCA pode ser utilizado para reajustar eventuais custos adicionais que impactem o valor final do bem ou serviço adquirido.
  • FIPE: Para consórcios de veículos, o valor do bem pode ser reajustado conforme a variação do índice FIPE até a entrega do veículo ao consorciado.

Em resumo, os índices INCC, IPCA e FIPE desempenham papéis cruciais ao influenciar os valores antes e após a contemplação no consórcio.

Eles asseguram que as condições econômicas sejam adequadamente refletidas nos valores pagos pelos consorciados, mantendo a equidade e a transparência ao longo de todo o processo de aquisição programada.

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